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  • A Importância do Rádio no Mix de Mídia

    Em um cenário onde as inovações tecnológicas estão transformando o comportamento do consumidor e a forma como as marcas se comunicam, o rádio continua a ocupar um lugar de destaque no mix de mídia de campanhas publicitárias. Embora canais digitais e plataformas de streaming cresçam em popularidade, o rádio ainda mantém relevância tanto para as marcas quanto para o varejo, oferecendo um alcance que dificilmente outros meios conseguem igualar. Como publicitário com mais de vinte anos de experiência, atendendo clientes de diversos portes, posso afirmar que o rádio, quando integrado de forma estratégica, pode ser um aliado poderoso para potencializar campanhas e gerar resultados. No cenário atual de comunicação, onde o digital parece dominar o imaginário das campanhas publicitárias, o rádio se mantém como um meio relevante e eficaz no mix de mídia. Sua capacidade de alcançar uma audiência diversificada, criar proximidade com o público e gerar impacto em segmentos estratégicos, faz do rádio uma peça essencial em muitas estratégias de comunicação. Neste artigo, exploraremos por que o rádio ainda merece um lugar de destaque no mix de mídia e como ele pode contribuir para o sucesso de uma campanha publicitária.   Alcance Massivo e Segmentação Uma das maiores vantagens do rádio é o seu alcance. Mesmo com a proliferação de novas mídias o rádio ainda chega a milhões de pessoas, diariamente. No Brasil, por exemplo, grande parte da população ainda escuta rádio, seja em casa, no carro, ou no trabalho. Essa penetração oferece uma oportunidade única para que marcas e varejistas alcancem públicos diversificados em diferentes regiões geográficas, sem depender exclusivamente de canais digitais. Além disso, o rádio permite uma segmentação eficaz por meio da escolha de emissoras/programas que atendam a nichos específicos de mercado. Estações locais e regionais podem direcionar a mensagem publicitária para diferentes perfis de consumidores, seja pelo tipo de conteúdo (música, notícias, talk shows ) ou pelo horário de exibição. Isso ajuda marcas a dialogarem diretamente com seu público-alvo, maximizando o impacto de sua mensagem. O rádio é um dos meios de comunicação mais tradicionais, com um alcance impressionante, tanto geograficamente quanto demograficamente. De norte a sul do Brasil, este veículo atinge audiências em regiões que, muitas vezes, outros meios não conseguem cobrir com a mesma eficiência, como áreas rurais e cidades menores. Além disso, os formatos segmentados de estações de rádio permitem que os anunciantes alcancem públicos específicos com base em idade, interesse e hábitos de consumo, facilitando a criação de campanhas direcionadas e aumentando a assertividade das mensagens publicitárias.   Credibilidade e Proximidade A relação que o rádio constrói com seu público é de extrema confiança. Programas de rádio locais, com locutores que se tornam personalidades conhecidas, criam uma sensação de proximidade e credibilidade que outros meios podem não alcançar tão facilmente. Anúncios veiculados em rádios locais, com o apoio de locutores conhecidos, geram uma maior sensação de familiaridade e autenticidade, o que pode resultar em uma resposta mais positiva do público. O rádio cria uma conexão íntima com o ouvinte, que muitas vezes consome o seu conteúdo de maneira pessoal e emocional. Ao ouvir a voz do locutor ou uma trilha sonora familiar, há uma tendência de maior engajamento e confiança. Para as marcas, esse vínculo emocional é essencial, pois transmite credibilidade e aumenta as chances de o consumidor internalizar a mensagem publicitária. Campanhas de varejo podem se beneficiar imensamente dessa proximidade, principalmente quando associadas a ofertas locais, gerando identificação imediata com a audiência.   Alcance em Momentos Únicos do Dia O consumo de rádio acontece em momentos específicos do dia, em que outros meios não conseguem capturar a atenção da audiência com a mesma eficiência. Durante deslocamentos no trânsito, nas manhãs enquanto as pessoas se preparam para o trabalho, ou durante suas atividades diárias, o rádio se torna o meio de escolha. Isso proporciona às marcas uma oportunidade única de se comunicar com o público em momentos de alta receptividade, em que outras plataformas como a TV ou o digital podem não estar presentes.   Custo-benefício e Flexibilidade Para varejistas que operam com orçamentos de marketing limitados, o rádio oferece um excelente custo-benefício. Produzir um anúncio de rádio é relativamente mais barato que outros meios, como TV ou mídia impressa, mas pode gerar um retorno expressivo, especialmente quando o foco é atrair consumidores locais. O rádio permite que as mensagens sejam rapidamente atualizadas ou ajustadas de acordo com promoções, sazonalidades ou eventos regionais, conferindo uma flexibilidade que muitos outros meios não oferecem. Além disso, a publicidade no rádio não depende de telas, o que facilita a comunicação com pessoas em trânsito. Motoristas, passageiros e até pedestres podem ser impactados por campanhas enquanto estão nas ruas, potencializando a capacidade de uma marca ser lembrada no momento da compra, especialmente no varejo. O rádio oferece uma excelente relação de custo-benefício para os anunciantes. Comparado a outros meios (como a televisão ou mídias digitais de grande porte), os custos de produção e veiculação de campanhas no rádio são significativamente menores, tornando-o uma opção atrativa para marcas com orçamentos mais limitados. Além disso, o rádio permite uma alta frequência de inserções, o que ajuda a reforçar a mensagem publicitária de maneira extremamente eficaz.   Integração com Plataformas Digitais Nos últimos anos, o rádio tem se reinventado ao integrar-se ao digital. Muitas estações já transmitem suas programações via streaming, oferecem podcasts e/ou criam conteúdo adicional em plataformas de mídia social. Isso permite que os anunciantes alcancem o público de maneira multicanal, utilizando o rádio como um ponto de contato tradicional e ampliando sua presença em meios digitais, oferecendo ainda mais retorno sobre o investimento (ROI).   Construção de Marca e Engajamento Emocional O áudio, como formato de mídia, tem uma capacidade única de engajar emocionalmente o público. Uma trilha sonora bem pensada, o tom de voz do locutor, a cadência da fala e a narrativa criada por trás de um anúncio radiofônico podem gerar impacto emocional, que é uma ferramenta poderosa para a construção de marcas. Campanhas de rádio bem executadas não só informam, mas também criam uma conexão emocional com a audiência, algo essencial para a fidelização e lembrança de marca.   Adaptabilidade e Flexibilidade A agilidade do rádio também o torna um meio flexível e adaptável. Caso a campanha precise ser ajustada ou uma mensagem de última hora precise ser veiculada, o rádio permite modificações rápidas e inserções emergenciais, algo que pode ser mais difícil em outros meios, como TV ou impressos. Esse dinamismo é valioso em um mundo onde as mudanças acontecem em ritmo acelerado.    O Rádio no Mix de Mídia: Complementaridade e Sinergia Quando planejamos uma campanha publicitária, o mix de mídia deve ser sempre pensado para maximizar o impacto da comunicação. O rádio, neste contexto, atua como uma peça complementar, criando sinergia com outros canais, como televisão, mídia digital e mídia exterior. Ele reforça a mensagem, amplia o alcance e gera frequência, características essenciais para a construção de marca e conversão de vendas. Por exemplo, uma campanha de varejo que utiliza spots de rádio para divulgar ofertas pode ser complementada por ações nas redes sociais, estimulando o engajamento online e direcionando o tráfego para os pontos de venda físicos ou virtuais. A integração entre mídias gera uma experiência de marca coesa e eficiente, potencializando os resultados da campanha.   Conclusão O rádio pode parecer, à primeira vista, um meio antiquado em um mundo digitalizado, mas é justamente essa capacidade de se reinventar e de manter sua relevância que o torna uma ferramenta valiosa no mix de mídia de uma campanha publicitária. Ao combinar seu alcance, credibilidade, custo-benefício e integração com outras plataformas, ele continua a ser um canal poderoso para marcas que desejam alcançar e engajar seu público de maneira eficaz e emocional. O rádio continua sendo um meio fundamental no planejamento de campanhas publicitárias, especialmente para marcas que desejam aumentar sua presença no varejo. Sua capacidade de segmentação, proximidade emocional com o público e seu custo-benefício, fazem dele uma ferramenta indispensável no mix de mídia. Ao integrar rádio a estratégias mais amplas de marketing, marcas e varejistas podem criar campanhas mais robustas, maximizando o alcance, o impacto e, consequentemente, o retorno sobre o investimento (ROI). No mundo da publicidade, é essencial não subestimar o poder de uma mídia que, embora tradicional, se mantém atual e eficaz no ambiente contemporâneo de comunicação. Portanto, ao planejar uma campanha publicitária completa e diversificada, é importante considerar o rádio como um meio estratégico para maximizar a cobertura e o impacto da mensagem. Afinal, o que é moderno nem sempre substitui o que já é eficaz há décadas. Ah, e parabéns pelo seu dia...

  • A Importância do OOH (Out of Home) para a Marca e para o Varejo

    Em um mundo cada vez mais digital, pode parecer que o ambiente físico está perdendo relevância para a comunicação de marcas. No entanto, o OOH ( Out of Home ) segue sendo um dos formatos mais poderosos e impactantes para gerar visibilidade, reforçar presença e, principalmente, impulsionar vendas no varejo. Com décadas de experiência em mídia exterior, posso afirmar com segurança que o OOH é uma peça-chave para qualquer estratégia integrada de marketing. O que é OOH? Out of Home engloba todos os tipos de mídia que encontramos fora de casa: outdoors , painéis digitais, mobiliário urbano, pontos de ônibus, aeroportos e muitos outros. A diferença entre o OOH e outras mídias é que ele não depende de um comportamento ativo do consumidor, como o acesso à internet ou o consumo de TV. A mensagem está presente em seu caminho, muitas vezes em momentos de deslocamento, lazer ou compras, onde a atenção e a receptividade estão em níveis mais altos. Visibilidade Constante e Frequência Natural Uma das grandes vantagens da mídia OOH é sua presença constante . Ao contrário de campanhas online, que podem ser ignoradas com um simples clique, a mídia exterior está sempre presente, seja em avenidas movimentadas, shopping centers ou até mesmo em estações de metrô. Isso gera uma frequência natural de exposição, contribuindo para a memorização da marca e o reforço de sua mensagem. Para o varejo , essa visibilidade pode ser ainda mais valiosa. O OOH permite que a marca se posicione estrategicamente em locais próximos a pontos de venda, influenciando a decisão de compra. Imagine um consumidor em trânsito, exposto a uma campanha impactante em um outdoor que está apenas a algumas quadras de uma loja. A chance dessa mensagem gerar uma visita ao ponto de venda é muito alta. Construção de Brand Awareness e Prestígio OOH é uma mídia de massa que, apesar de ser tradicional, continua sendo uma das formas mais eficientes de construir brand awareness . As grandes marcas sabem disso. É por isso que vemos nomes de gigantes globais em locais icônicos como a Times Square, Nova York, ou a Avenida Paulista, em São Paulo. A presença da sua marca em locais de alta circulação gera credibilidade e posiciona sua empresa como relevante no cenário de consumo. Além disso, o impacto visual proporcionado pela mídia exterior é único. Através de grandes formatos e tecnologia, como painéis digitais e interativos, é possível criar campanhas memoráveis, que capturam a atenção do público e geram conversas. Para o varejo, o OOH é ideal para o lançamento de novos produtos, promoções sazonais e eventos, ajudando a destacar a marca no mercado competitivo. Alcance Geográfico Segmentado Uma vantagem estratégica da mídia exterior é a possibilidade de segmentação geográfica. Com o avanço das tecnologias de geolocalização, é possível identificar os locais onde seu público-alvo mais circula e posicionar sua campanha exatamente nesses pontos. Isso é especialmente relevante para o varejo, pois permite uma comunicação mais eficaz em regiões onde há maior concentração de lojas ou pontos de venda. Por exemplo, uma rede de fast fashion pode usar OOH para promover uma nova coleção em painéis próximos a seus pontos de venda. A segmentação geográfica garante que a campanha seja vista por pessoas com alto potencial de visitar a loja e, possivelmente, converter a comunicação em venda. Integração com o Digital O OOH também evoluiu para se integrar ao mundo digital. Com o advento das mídias programáticas e dos painéis digitais, as marcas podem ajustar suas campanhas em tempo real, dependendo do horário, clima ou até mesmo de eventos locais. Isso permite uma flexibilidade enorme e uma interação direta com o público. Além disso, campanhas OOH podem se desdobrar no ambiente online através de estratégias de crossmedia , ampliando o alcance da mensagem. Um exemplo clássico é o uso de QR codes ou hashtags em outdoors que levam os consumidores a ações online , como promoções ou landing pages exclusivas. Credibilidade e Impacto Outra característica marcante do OOH é o seu poder de gerar credibilidade . A mídia exterior é percebida como uma forma de comunicação robusta, acessível apenas para marcas sérias e bem posicionadas. O tamanho e a permanência de uma peça OOH criam uma sensação de que a empresa tem presença e solidez. Para o varejo, esse prestígio pode ser decisivo na hora de influenciar a escolha do consumidor entre diversas opções no mercado. Conclusão A mídia OOH permanece fundamental na construção de marcas e no sucesso do varejo. Sua capacidade de gerar visibilidade constante, integrar-se com o digital e criar uma segmentação geográfica precisa faz dela uma ferramenta indispensável para quem busca impacto e resultados de longo prazo. Seja para reforçar o posicionamento de marca ou aumentar o fluxo em pontos de venda, investir em OOH é garantir que sua marca esteja sempre presente, relevante e no radar do consumidor. Para o varejo, em particular, o OOH é um atalho direto para o bolso e a mente do consumidor, gerando tráfego, vendas e, o mais importante, uma relação duradoura com a marca.

  • Logomarca 2024

    Desde o primeiro dia de sua concepção, os elementos visuais arquetípicos da Águia de Ouro Comunicação já estavam postos. Eu não sabia muito como seria a sua atuação em um mercado em constante evolução, mas já tinha em mente que obviamente a logomarca precisaria ter uma águia, um globo terrestre e um pentagrama. O pensamento por trás da logomarca A ideia era incorporar na logomarca da Águia de Ouro Comunicação elementos visuais poderosos buscando transmitir visualmente uma mensagem de foco, globalização e busca espiritual. Os elementos A Águia A águia é representada com asas abertas simbolizando poder, visão aguçada, foco e liderança. As penas da águia são estilizadas para sugerir movimento dinâmico, progresso contínuo e foco no seu objetivo; O Pentagrama O pentagrama é integrado à logomarca, representando uma busca constante pelo equilíbrio, harmonia e conexão com uma dimensão espiritual; O Globo Terrestre O globo terrestre está posicionado centralmente no pentagrama, sugerindo o desejo sincero por uma presença internacional, partindo de uma atuação local. As Cores Optamos por cores que transmitissem sofisticação e confiança como os tons dourados, que em contraste com o preto e o branco ganha brilho e glamour, simbolizando a prosperidade, o luxo, a excelência e a exclusividade da marca. Evoluindo sempre A meta da Águia de Ouro Comunicação é uma atualização constante de suas práticas, através da modernização de seus conceitos, ferramentas e métodos; expressada por uma periódica modernização de sua logomarca, porém sempre mantendo os elementos gráficos principais, imaginados desde o início de sua trajetória, objetivando a longevidade de seus atributos visuais e arquetípicos, que revelam seu propósito maior de contribuição social e evolução da consciência espiritual de toda a nossa sociedade. Vida longa e próspera para a Águia de Ouro Comunicação. Então, sem mais delongas, eis  a logomarca de 2024...

  • A publicidade nas mãos dos consumidores

    “A revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas, mas sim quando adota novos comportamentos”  Clay Shirky   Ao final da primeira década 100% digital não faz mais sentido falar em futuro. O futuro já chegou, é agora! E até que demorou... No livro A terceira onda  (The Third Wave), escrito em 1980, Alvin Toffler faz um ensaio sobre o que seria, na sua visão, a sociedade pós-moderna do século XXI que ele já vislumbrava como sendo a terceira grande onda econômica mundial. Neste livro, Toffler preconizava o advento do Prosumers –  o consumidor/produtor. A terceira onda, segundo Toffler, seria baseada no industrialismo e formaria uma nova civilização, interferindo nas relações interpessoais, de trabalho e de consumo. Alguma coisa a ver com o que estamos vivenciando atualmente?  Não é realmente muito fácil entender o mundo de transição em que estamos inseridos, mas para nossa própria sobrevivência, é muito importante ao menos tentarmos. Até para ajustarmos o foco e seguirmos adiante. Aquelas antigas especulações fáceis sobre o futuro, previsíveis até, com base na realidade aparente ou fruto de um delírio futurista total, tipo 2001 uma odisseia no espaço, não fazem também mais nenhum sentido. Ou alguém acha que deveríamos estar andando de nave espacial ao invés do antiquado carro? Por outro lado, há 10 anos alguém conseguiria prever que a Microsoft não ditaria mais as tendências no mercado de tecnologia e inovação? Alguém conseguiu prever o sucesso avassalador do Google? E o impacto estrondoso das redes sociais em nossas vidas? Alguém em sã consciência apostaria na volta da Apple como tendência tecnológica há algumas décadas? Ok, alguns até conseguiriam fazer tais previsões... mas, o que não era previsível era o impacto disso tudo no futuro da nossa civilização. A interação entre as pessoas passou a ser a base fundamental desta nova era. Recomendações e preferências por marcas, músicas, eventos e produtos; discussões em grupo, disseminação de ideias... tudo o que a interação social permite é o que estamos vivendo atualmente. Liberdade criativa total para geração e disseminação de conteúdo, é o que nos define no momento atual. Viva Alvin Toffler! À medida em que a conectividade aumenta, o mundo diminui de tamanho. Da autoria para a colaboração. Rede Social = Capital Social. Este é o mundo de hoje, e não o mundo do futuro. A mídia social não é tecnologia... é relacionamento! É a capacidade coletiva de promover desenvolvimento por meio da desinstitucionalização da informação. Haja vista a revolução que acontece neste momento histórico, lá no Egito. E os brasileiros neste contexto? Os brasileiros simplesmente amam as redes sociais.  Para ilustrar, seguem alguns números quentinhos, do Ibope: - o acesso às redes sociais já foi incorporado à rotina de 74% dos cidadãos no Grande RJ; 77% em Salvador e 82% em Florianópolis; - as redes sociais substituem as informações dos portais de notícias para 45% do público que as utiliza, e fornecem todas as informações necessárias para a atualização de 60% de seus usuários; Querem mais dados? - a média de amigos por usuário, no momento em que escrevo este artigo, é de 273;  - 13% dos usuários das redes sociais nas praças do RJ e BH tem mais de 700 amigos; - 56% preferem utilizar as redes sociais para falar com seus amigos a usar e-mail/SMS/torpedo; - 73% utilizam as redes para trocar mensagens; - 69% ficam 'felizes' quando seus amigos curtem ou fazem comentários sobre algo que publicam. São estas as últimas constatações do Ibope sobre o mundo compartilhado: “As redes sociais na verdade nada mais são do que um diário do século XXI que fica sobre a mesa e sem cadeado. Em última análise é uma forma moderna de praticar uma das principais necessidades do ser humano: socialização. As redes sociais afetam o cérebro do mesmo jeito que a paixão. Uma simples troca na rede, pode aumentar os índices de ocitocina, mais conhecido como ‘hormônio do amor’.”  - pontua o Instituto Brasileiro de Pesquisa. Estamos ou não estamos na era do tal Prossumidor de Toffler? A resposta parece óbvia quando analisamos o comportamento tecnológico deste novo consumidor no cenário digital: - 10% editam/moderam/informam; - 33% publicam/mantêm/criam; - 44% avaliam/comentam/participam; - 83% compartilham; - 96% assistem/lêem/ouvem. Ok, mas e as marcas? Para as marcas não trago boas notícias. Já é, e será, cada vez mais difícil conquistar a atenção dos prossumidores  com as formas tradicionais de publicidade. Uma marca deverá ter uma aderência muito maior com seu público potencial, a ponto de ser convidada a fazer parte do seu grupo de amigos pessoais. Neste novo cenário a marca deverá ser capaz de gerar: engajamento, envolvimento, interação, influência, intimidade, múltiplos pontos de contato e experiências diversificadas.  No novo mundo das redes sociais isto parece ser, apenas, óbvio... não lhe parece? Porém, o fato é que algumas marcas ainda não se acostumaram a receber dúvidas, opiniões, reclamações, críticas e sugestões; na mesma velocidade em que tentam vendem seus “peixes congelados e/ou pasteurizados”. É chegada a hora de correr contra o tempo em nome da eficiência e da personalização e de oferecer respostas ágeis e eficientes, neste cenário em que isto é o mínimo que se espera de uma marca. No final das contas, o que os consumidores desejam mesmo é sentir que a presença da marca nos canais em que eles estejam presentes é algo “vivo” e não apenas mais uma vitrine de exposição de seus produtos enlatados. Se sua marca não estiver preparada tecnologicamente e com sua equipe muito bem orientada, focada no cliente e treinada para oferecer um atendimento personalizado, é melhor ficar de fora das redes sociais. Ao menos por enquanto. Até conseguir solucionar algumas das deficiências internas citadas acima, sob pena de cair na esparrela do telemarketing ativo. Uma Rede social não é isso! Treinamento de pessoal e CRM, já são um bom começo para uma marca se lançar nas redes sociais, sem passar sufoco. Tentar surfar esta onda de qualquer maneira e com tentar surfar em uma "prancha"   sem quilha e pode (e vai) se mostrar um grande “tiro no pé”. É necessário respeitar o canal escolhido pelo consumidor para ser abordado pela marca. Tudo bem, mas orkut/facebook/twitter ainda não são o "futuro"... Beleza, mas essas plataformas apontam para o futuro! Embora o grande mérito dessas redes em relação ao Google é que elas conseguem agregar informações muito mais relevantes sobre o perfil dos seus usuários e não apenas dados comportamentais; as redes sociais como as conhecemos hoje ainda engatinham rumo à nossa necessidade de socialização. Por outro lado, poderíamos gastar algumas linhas profanando a promessa, que até agora não se concretizou, do mobile marketing. O que nos parecia uma aposta fácil no exercício de futurologia, em um cenário de mais de um aparelho celular por indivíduo no Brasil, ainda não mostrou a que veio em termos de mídia. Mas, certamente, muito em em breve o celular irá revolucionar os números de audiência do que (ainda) chamamos de televisão.  Por tudo isso, o caminho não me parece ser a separação ou departamentalização da publicidade. A simbiose on e off line me parece, claramente, ser um caminho sem volta.  O que devemos buscar são respostas alternativas para as “novas” perguntas que agora se apresentam em nossa área, e não criar mais cisões e departamentalizações da área de mídia nas agências, clientes e veículos. Abrir a nossa mente para expandir a consciência para a experiência de futuro em que já estamos imersos é a senha para levantar a cabeça e olhar para o que as próximas décadas nos reservam. Um olhar frontal se faz necessário para encontrarmos uma saída digna para a publicidade em geral e para o profissional de mídia, em particular. A grande pergunta neste momento do mundo me parece ser: como atingir este novo e exigente consumidor em um cenário onde as redes sociais passaram a ser o tecido social sobre o qual toda a nossa vida será costurada? Não há outra saída a não ser abraçarmos todas as novas ferramentas/conceitos/ideias/áreas/departamentos, da publicidade, que consigam nos ajudar a gerar emoção e maior envolvimento com este novo e disperso consumidor, de forma convergente. Precisamos de ações e ideias que na maioria das vezes se encontravam distantes, restritas a nichos específicos, e quase sempre fora departamento de mídia. A saída certamente está em soluções de experiência de marca: conteúdo, eventos, entretenimento... Está decretado o fim da zona de conforto, o plano de mídia da mãe,  das inserções avulsas de 30”, da compra pura e simples da página de jornal ou de revista e dos planos de mídia infalíveis contemplando um único meio de cobertura nacional. E já não era sem tempo! Ninguém aguenta mais tanta invasão das marcas em nossas vidas. O público até entende que são as marcas que patrocinam o conteúdo, que não existe almoço grátis, mas calma lá... Precisamos de uma exposição mais sutil e inteligente destes nossos mecenas de conteúdo. Queremos ter as marcas por perto, ao nosso alcance? Obviamente que sim... Mas, não queremos mais abordagens invasivas e indesejadas, que subestimem a inteligência da sua audiência. E quer saber? Não é tão difícil assim... Revejam o filme Forest Gump e percebam a inserção de várias marcas de forma sutil e orgânica. O novo prossumidor deseja ativar as marcas como e quando eles assim o desejarem. Complicado, não acha? Não! É só você, como audiência, se perceber zapeando, pulando páginas e mais páginas de jornal e revistas de clientes milionários, mudando de estação de rádio justamente no momento do comercial, indo ao banheiro quando as (supostas) estrelas dos seus conteúdos preferidos (as marcas) expõe seus produtos... Você, assim como todo mundo, está em busca da mais pura e simples diversão e entretenimento...  E de preferência sem interrupções. Precisamos encontrar soluções, e rápido, para este gap de atenção e desperdício de dinheiro. Não podemos mais nos enganar.  Na era do prossumidor é a ele que devemos adular. A única certeza que temos até aqui é que o futuro da propaganda está nas mãos dos consumidores... Fato! Ponto para Kotler. O anunciante tem cada vez menos controle sobre a maneira como as pessoas se relacionam, pensam e compartilham suas marcas. A boa notícia é que agora o consumidor é que faz a publicidade para as marcas. Definitivamente acabou o monólogo imperialista das marcas sobre os consumidores. Assustado? Claro, óbvio ou com certeza?! Espero que, além disto, também esteja motivado... pois, não vai faltar trabalho (criativo). E não estamos falando aqui de reinventar a roda. Algumas agências como a japonesa Dentsu já sacaram isso há tempos e, talvez por isso, seja a única agência do mundo a ter dois Oscar’s em sua estante de prêmios publicitários. A ideia é apenas fugir dos padrões preconcebidos do mundo do século passado e abraçar a emoção que uma marca é capaz de proporcionar aos seus consumidores. Devemos pensar cada vez mais em experiência de marca.  É como diz Dietrich Mateschitz, dono da marca Red Bull: “Somos uma empresa de conteúdo que fabrica energéticos.” Por via das dúvidas em meu cartão de visitas onde se lia Mídia, agora lê-se: Mídia, Conteúdo e Entretenimento. Seguimos... *Texto escrito e e publicado em 21 de janeiro 2011

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