top of page

8 itens encontrados para ""

  • Como vender (publicidade) em tempos de home office

    Uma reflexão sobre boas práticas para uma abordagem (ainda mais) eficiente Ontem, durante um happy hour dos contatos publicitários cariocas, um assunto dominou as rodas de conversa: como vender publicidade, em tempos de home office, sem ser invasivo, deselegante, e correr o risco de ser taxado como chato? O mundo mudou Com a consolidação do trabalho remoto, vender publicidade passou a exigir habilidades específicas para navegar no ambiente virtual. A etiqueta digital tornou-se fundamental, pois influencia diretamente a percepção e a confiança dos seus clientes, sobre você. Neste artigo, vamos abordar estratégias e boas práticas, para vender (publicidade) de forma eficaz, mantendo uma presença profissional e persuasiva no universo online, em tempos de completa mudança no ambiente e estruturas corporativas. What's up? Com o advento dos mensageiros eletrônicos tudo tornou-se íntimo e urgente, ao mesmo tempo. E é aí que mora o perigo... Uma boa prática, na minha percepção, é que em seu primeiro contato, após as saudações usuais, você diga logo seu nome, sua empresa e, de preferência, como você teve acesso ao contato do seu cliente/ prospect . Tudo isso, de preferência, em uma única mensagem. Lapso temporal das mensagens Não dê bom dia, para dizer ao que veio somente quando o seu interlocutor responder. Esta postura assemelha-se em muito com as estratégias utilizadas por golpistas digitais. Se a pessoa não diz a que veio, em 5 minutos, eu bloqueio. Seja direto, reto, profissional e amigável. Tracinhos azuis A menos que você seja tão ocupado quanto o Elon Musk, mantenha a confirmação de leitura do WatsApp . Ao omitir os tracinhos azuis você gera, imediatamente, uma falta de transparência na relação comercial, passando a ideia de que você não prioriza a mensagem do seu cliente e, até mesmo, o seu trabalho, respondendo apenas quando lhe for mais conveniente. Não é esta a imagem profissional que desejamos imprimir, não é mesmo? Evite áudios, emojis e figurinhas Algumas pessoas acreditam que um tipo de comunicação mais gráfica tornará sua mensagem mais agradável. Mas, não é isso o que acontece, na prática, em uma comunicação profissional, acredite em mim. Na maioria das vezes, estes recursos desviam o foco da mensagem e tiram todo o profissionalismo que você construiu durante anos, em um mundo analógico, e a clareza de seu discurso. A menos que você tenha muita intimidade com o seu cliente (mesmo neste caso, evite) não utilize áudio, emojis, figurinhas ou qualquer outro tipo de ruído em sua comunicação corporativa. WhatsApp não é podcast Enviar vários áudios não ajuda a convencer ninguém, a nada. Pelo contrário causa ansiedade e rejeição à sua mensagem (e à você). Lembre-se sempre que nem sempre a pessoa estará disponível para ouvir seus áudios, no momento em que você os envia, gerando frustação e gaps na comunicação. Por texto, até pelo smart watch seu destinatário pode ler e responder à sua mensagem. Tudo joia?! Em tempos em que um simples sinal de positivo pode soar, para algumas pessoas, como um sinal de arrogância... Evite emojis ! Rindo Alto Figurinhas podem até ser divertidas, mas ocupam muita memória e acabam com toda a credibilidade e o profissionalismo de sua mensagem (e sua?), de forma imediata. Preciso desenhar? Por e-mail, por favor Ao mandar propostas, midia kits ou qualquer outro tipo de informação relevante, prefira o e-mail. Lembra-se do tabelário, em arquivo físico? Pois é... Mandar informações relevantes por e-mail, permite o seu arquivamento para consulta posterior. Seja proativo, mas respeite o tempo do seu cliente Em um mundo home office , é fácil perder a noção dos horários, mas uma abordagem proativa deve ser acompanhada por certa sensibilidade. Evite enviar mensagens fora do horário comercial, a menos que seja para responder alguma consulta do seu cliente. Sei que sua intenção é se mostrar proativo e eficiente, mas a percepção do seu cliente é de invasão e chateação, fora de hora. A etiqueta digital exige equilíbrio entre ser presente e evitar ser invasivo e/ou pressionar demais o seu prospect. Isso passa uma imagem mais organizada e respeitosa. Personalização é Chave Evite o erro comum de disparar e-mails genéricos. Em vez disso, personalize as abordagens com base nas necessidades e interesses específicos do seu cliente. Isso demonstra que você fez uma pesquisa prévia e que valoriza a parceria e o tempo do seu parceiro comercial. Analise o histórico da empresa, mencione campanhas anteriores e sugira soluções específicas, o que reforçará a percepção de atenção aos detalhes. Mais uma coisa: no ambiente digital, o impacto visual é crucial. Use ferramentas visuais para valorizar suas propostas. Vídeos curtos e/ou pitches gravados, também ajudam a transmitir entusiasmo e clareza sobre o seu produto/serviço. Aposte na comunicação clara e empática E-mails longos e mensagens confusas prejudicam a venda. Prefira uma comunicação objetiva, com pontos claros e fáceis de entender. Além disso, mantenha um tom empático, especialmente em follow-ups , reconhecendo os desafios e prazos do cliente. Frases como “compreendo que seu tempo é valioso” ou “estou disponível para ajustar a proposta conforme necessário” , mostram flexibilidade e consideração com seu prospect . Fortaleça relacionamentos com reuniões virtuais bem conduzidas Videoconferências são oportunidades valiosas de aproximação, mas precisam ser bem organizadas para deixar uma impressão positiva. Envie uma pauta prévia e, após a reunião, um resumo com os pontos discutidos e próximos passos. Isso reforça a ideias de comprometimento e organização. Outras recomendações sobre reuniões virtuais: Prepare-se - teste equipamentos e conexões antes da reunião; Seja pontual - entre na chamada no horário combinado (de preferência 5 minutos antes); Esteja presente - mantenha a câmera ligada, demonstre atenção e evite distrações. Siga em frente, com transparência e acompanhamento regular Ao contrário do pensa o senso comum, os clientes valorizam empresas que são claras e acompanham o andamento das propostas, de forma constante. Manter uma comunicação aberta, cria confiança e facilita negociações futuras. Por outro lado, isso garante que o seu produto/serviço estará na mente do seu prospect, no momento do planejamento de uma campanha. Lembre-se, sempre, que: Em tempos de trabalho remoto, a etiqueta digital não é apenas um detalhe e sim um diferencial competitivo e uma arma poderosa para estreitar relações e ganhar os corações e mentes de seus clientes. Ser proativo, respeitoso e organizado melhora as suas chances de fechar vendas e consolidar parcerias de longo prazo. No final das contas, vender publicidade não é apenas sobre campanhas e/ou metas, mas sobre construir relacionamentos, sólidos e de confiança, que transcendam as telas e os sobrenomes corporativos. Adote essas boas práticas e transforme sua abordagem digital em uma vantagem estratégica e ainda mais competitiva. Boas Vendas!

  • Uma alegoria sobre a cultura institucionalizada do golpe telefônico

    Por Robson Felix de Almeida Era uma vez um telefone... Não o moderno e onipresente smartphone, mas aquele antigo companheiro de mesa, fixo ou sem fio, que outrora tocava com expectativas boas: uma conversa entre amigos, um flerte no meio de dia estressante, notícias de familiares ou, quem sabe, o vislumbre de uma nova oportunidade de trabalho. Porém, os tempos mudaram, e com eles o sentido do toque telefônico. Se antes um telefone tocando era sinal de algo relevante, hoje tornou-se sinônimo de inquietação, uma advertência silenciosa: não atenda, se quiser preservar sua paz de espírito. Vivemos tempos em que as chamadas inesperadas foram sequestradas por um sistema que institucionalizou o golpe, transformando a intimidade da comunicação pessoal em terreno fértil para fraudes cibernéticas. Quem nunca recebeu uma ligação que começava com um: “parabéns, você ganhou...”? Ou, ainda mais inquietante, um suposto funcionário de banco pedindo dados pessoais “por segurança”? Em nossa era digital, a única certeza ao ver um número desconhecido piscando na tela é a dúvida: seria essa ligação mais uma isca no longo anzol do crime virtual? Este fenômeno é sintomático de algo maior: uma crise de confiança em nossa sociedade, como um todo. No passado, as ligações eram pessoais e orgânicas... Agora, a lógica corporativa e o oportunismo criminoso transformaram essa ferramenta em um mecanismo de engano em massa. Empresas insistem em ligar com ofertas que nunca pedimos, criminosos se adaptaram, disfarçando-se de parentes desesperados, técnicos de operadoras, gerentes de bancos e até delegados. Assim, atendemos ao telefone, cada vez menos. Ou melhor, não atendemos mais. Nesse novo normal, o toque do telefone já não carrega o charme de antes. Hoje, ele soa como o gongo de um aviso apocalíptico: “Fique esperto, pois o golpe pode vir disfarçado de gentileza”. Nossa rotina se adequou ao digital: mensagens de texto, WhatsApp, e-mails... Nesses canais, pelo menos, temos tempo para avaliar, refletir e, se necessário, investigar quem está do outro lado. A voz ao vivo, que antes aproximava, agora nos afasta. E o mais irônico é que esse afastamento parece ter se consolidado como uma prática social aceitável. Não atender é quase uma etiqueta moderna de autopreservação. As desculpas abundam: “não vi a chamada”, “estava ocupado”, ou o clássico “manda uma mensagem, é mais fácil”. A verdade subjacente, contudo, é mais profunda: a cultura do golpe telefônico se tornou tão comum que nossa confiança foi destroçada, a ponto de nos protegermos através de um silêncio ruidoso. E assim, tal como um protagonista de um conto moral, abdicamos das ligações convencionais em nome de nossa própria segurança. A história, no entanto, não termina aqui... Talvez, um dia, reinventemos a confiança e resgatemos o prazer das conversas espontâneas e alegres. Até lá, o telefone que toca sem aviso prévio, segue sendo um enigma que preferimos não resolver. Porque, nesta era de desconfiança institucionalizada, não atender é mais que uma decisão – é um manifesto pela preservação de nossa paz de espírito.

  • Quem é o autor de uma obra gerada por uma inteligência artificial?

    Por Robson Felix de Almeida A questão sobre a autoria de obras geradas por inteligência artificial (IA) inaugura uma nova fronteira no debate estético e legal. A arte, tradicionalmente associada à expressão pessoal e à intencionalidade, enfrenta um cenário em que máquinas aprendem padrões, replicam estilos e produzem obras visuais, literárias e/ou musicais com impressionante complexidade. A pergunta que emerge não é apenas sobre quem detém os direitos, mas também sobre o que consideramos ser um ato criativo e quem, afinal, pode reivindicar ser o autor. Arte sem intenção: a obra como produto de algoritmos A criação artística, ao longo da história, sempre foi entendida como fruto da intenção e subjetividade humanas. A IA, por outro lado, é desprovida de consciência e autonomia... certo?! Quando uma rede neural gera uma pintura ou compõe uma melodia, ela o faz baseada em dados pré-existentes — obras de artistas humanos alimentadas no algoritmo. Assim, pode-se argumentar que o papel da IA é mais comparável a uma ferramenta complexa do que a uma entidade criadora. Tal comparação não é nova: seria a IA apenas uma evolução das tintas de óleo ou do pincel digital do Photoshop? Porém, a diferença crucial está na autonomia aparente. A IA é capaz de gerar resultados inesperados, não previamente previstos por seus criadores. O algoritmo de aprendizado profundo reorganiza informações de forma que muitas vezes escapa ao total controle humano, levantando uma questão filosófica: até que ponto a criação é fruto da ferramenta e não de quem a utilizou? O criador é a própria criatura? Se aceitarmos que uma obra gerada por IA é mais do que uma mera extensão do software, a discussão sobre autoria se bifurca. Há aqueles que defendem que o verdadeiro autor é o programador ou a equipe que desenvolveu o modelo de IA. Esses profissionais, afinal, são responsáveis por definir as capacidades e limitações do algoritmo. Contudo, esse argumento é problemático. Em muitos casos, o programador sequer tem controle direto sobre os resultados gerados pela IA, especialmente em sistemas que se ajustam e evoluem com base no uso e nos dados recebidos por seu usuário. Outros apontam para o operador da IA como o legítimo autor. Este é o indivíduo que faz as escolhas sobre o contexto em que a IA será aplicada, define parâmetros, e decide quais obras são relevantes ou merecem ser divulgadas. Aqui, o processo criativo se assemelha mais ao papel de um curador ou diretor artístico. A autoria, nesse sentido, não estaria na confecção direta da obra, mas na orquestração do processo. Direitos autorais e a dissolução da autoria tradicional No campo jurídico, a questão da autoria assume contornos ainda mais complexos. Em muitos países, como nos Estados Unidos, as leis de direitos autorais exigem uma origem humana para a proteção legal, o que impede que obras exclusivamente geradas por IA sejam registradas como propriedade intelectual. Sem uma figura humana identificada como autora, tais criações acabam no domínio público, levantando novos dilemas sobre apropriação e uso comercial. Essa limitação legal sugere que talvez estejamos à beira de uma mudança de paradigma: a ideia de autoria pode se fragmentar, transformando-se em algo colaborativo e difuso. Obras criadas por IA podem ser vistas como o resultado de uma rede de contribuições – desde o programador até o operador, passando pelos artistas cujos trabalhos alimentaram o algoritmo. A obra deixa de ter um único criador e passa a ser expressão de uma multiplicidade de influências. Uma nova estética para o século XXI? A proliferação de obras geradas por IA não é apenas uma questão de autoria, mas de como entendemos a própria arte. Talvez o valor dessas criações não resida na busca por um autor ou uma assinatura, mas na experiência estética proporcionada ao público. Estamos, enfim, diante de um novo tipo de expressão, onde a obra é um reflexo da inteligência coletiva e do entrelaçamento entre os humanos e as máquinas. Seja como uma revolução ou uma continuidade da tradição, a arte gerada por IA nos obriga a repensar os limites da criatividade e da autoria. Quem é o autor? A resposta, talvez, não esteja em uma única figura, mas em um ecossistema híbrido de indivíduos, algoritmos e dados, em que a criação é menos sobre posse e mais sobre participação. Esse novo capítulo na história da arte nos desafia a abandonar a obsessão pelo gênio criativo e abraçar a incerteza, a multiplicidade e a colaboração. Afinal, no final das contas, não é a arte – seja humana ou artificial – uma forma de explorar aquilo que está além do controle e da compreensão imediata? A arte é sobre o imponderável...

  • A televisão morreu, mas passa bem...

    Em um cenário de comunicação cada vez mais digital e fragmentado, a televisão, de uma forma geral, continua a ser um dos pilares mais importantes no mix de mídia de uma campanha publicitária. Mesmo com o surgimento de novas plataformas e a crescente popularidade do streaming, a TV permanece como um dos meios mais eficazes para alcançar um grande número de pessoas, gerar impacto e construir reconhecimento de marca. Vamos explorar juntos o papel estratégico da televisão (aberta e fechada) no mix de mídia, destacando suas principais vantagens e como ela se integra às campanhas atuais. Alcance Massivo e Abrangente Uma das características mais marcantes da televisão é seu alcance massivo. Diferente de outros meios, a TV consegue atingir um número grande de pessoas ao mesmo tempo, seja em rede nacional, regional ou local. Isso a torna essencial para campanhas que buscam grande visibilidade e cobertura ampla. Mesmo com o avanço do digital, muitas audiências ainda assistem à televisão de forma regular, especialmente durante eventos de grande audiência como novelas, esportes, reality shows e transmissões ao vivo. A capacidade de impactar simultaneamente milhões de pessoas em todo o país faz da televisão uma ferramenta valiosa para aumentar o reconhecimento de marca e gerar buzz em larga escala. Eficácia na Construção de Marcas A televisão é conhecida por ser um dos meios mais eficazes para a construção de marcas. Graças à combinação de som, imagem e movimento, a TV permite contar histórias envolventes e emocionais que podem criar uma conexão profunda com o público. O storytelling visual é uma poderosa ferramenta para criar campanhas memoráveis, influenciar atitudes e moldar a percepção de uma marca. Através de campanhas icônicas que fazem parte da cultura popular, a televisão tem o poder de moldar a identidade da marca na mente dos consumidores de uma forma que poucos outros meios conseguem. Credibilidade e Confiança Anúncios de TV tendem a ser percebidos pelo público como mais confiáveis e credíveis em comparação com outras plataformas, especialmente as digitais. Isso acontece em parte pela história de décadas da televisão como um meio central de entretenimento e informação, onde a publicidade é regulada e exibida em um ambiente formal e confiável. As marcas que anunciam na TV automaticamente se beneficiam dessa credibilidade, o que pode ser crucial para campanhas que buscam transmitir autoridade, segurança ou garantir a legitimidade de um produto ou serviço. Impacto Emocional e Sensorial A televisão oferece uma experiência audiovisual única, onde as marcas podem explorar recursos como som, imagem em alta qualidade, cores vibrantes e movimentos dinâmicos para gerar emoções intensas. Campanhas publicitárias de TV podem usar esses recursos para criar uma atmosfera de imersão que impacta o espectador de forma visceral. Isso é especialmente útil para produtos ou serviços que dependem da criação de uma experiência emocional forte, como carros, perfumes, alimentos e bebidas. O impacto visual e auditivo que a televisão proporciona faz com que as mensagens publicitárias sejam não apenas vistas, mas sentidas, deixando uma impressão duradoura. Capacidade de Atingir Públicos Diversificados A televisão é uma das poucas mídias que consegue reunir diferentes grupos demográficos ao mesmo tempo. Ela oferece tanto um alcance massivo quanto a possibilidade de segmentação através da escolha de canais e horários específicos. Dependendo do canal e do tipo de programa, é possível atingir públicos extremamente diversos – desde famílias assistindo a programas de entretenimento à noite até públicos mais segmentados, como aficionados por esportes, amantes de documentários ou fãs de séries e novelas. Isso permite que as campanhas sejam adaptadas para diferentes perfis de consumidores sem perder escala. Complementaridade com Plataformas Digitais A televisão se tornou ainda mais poderosa quando integrada a estratégias digitais. Hoje, muitas campanhas de TV que são ampliadas e complementadas por ações em mídias sociais, campanhas de remarketing ou ativações interativas em aplicativos e sites. O espectador que assiste a um anúncio na TV pode ser redirecionado para uma landing page por meio de um QR code ou incentivado a seguir a marca nas redes sociais. Esse efeito de complementaridade entre a televisão e o digital amplia o alcance e o impacto da campanha, enquanto oferece uma experiência mais interativa para o público. Alta Frequência e Repetição A televisão permite que as marcas repitam sua mensagem com alta frequência, reforçando a lembrança da marca no público. Com a exibição de comerciais em diferentes horários e programas, os consumidores são expostos repetidamente à mensagem publicitária, o que aumenta significativamente o recall da campanha. Essa repetição é fundamental para campanhas de branding e também para produtos que necessitam de uma introdução ou reposicionamento no mercado. Quanto mais vezes uma pessoa é exposta à mensagem de uma marca, maior a chance de ela ser lembrada no momento de decisão de compra. Integração com Eventos ao Vivo Um dos grandes trunfos da televisão é sua capacidade de transmitir eventos ao vivo, como campeonatos esportivos, premiações, shows e grandes acontecimentos. Esses eventos costumam atrair milhões de espectadores simultaneamente, tornando-se uma oportunidade única para as marcas. A publicidade nesses momentos ganha ainda mais relevância, já que os espectadores estão altamente engajados e emocionalmente conectados ao evento. Patrocínios e inserções publicitárias durante grandes transmissões esportivas, por exemplo, podem gerar uma exposição massiva e criar uma associação positiva entre a marca e a emoção do momento. Inovação em Formatos e Interatividade A televisão também vem evoluindo para acompanhar as novas demandas de consumo. Com o advento das TVs conectadas e plataformas de streaming, surgiram novas possibilidades de publicidade interativa, onde o espectador pode interagir diretamente com os anúncios ou até realizar compras com apenas alguns cliques no controle remoto. Além disso, formatos inovadores como o product placement (inserção de produtos em cenas de programas e séries) ou as campanhas crossmedia (integração entre TV, redes sociais e aplicativos) permitem que as marcas estejam presentes de maneira mais natural e envolvente. Alguém Ainda Assiste à TV Aberta? Apesar da evolução constante das mídias digitais, a televisão aberta continua a ocupar um papel central nas estratégias de comunicação de grandes marcas e do varejo. Com mais de vinte anos de experiência na indústria publicitária, posso afirmar que a TV aberta, por sua abrangência e capacidade de criar impacto massivo, permanece sendo uma das ferramentas mais poderosas para campanhas publicitárias, especialmente quando integrada a um mix de mídia bem planejado. A TV aberta, além de oferecer um alcance inigualável, possui a habilidade de influenciar a opinião pública e construir percepções de marca de forma duradoura e eficaz. Alcance Massivo e Penetração Nacional A televisão aberta é, sem dúvida, o meio de comunicação mais democrático e abrangente disponível. No Brasil, milhões de pessoas ainda consomem conteúdo televisivo todos os dias, tornando a TV aberta um dos meios com maior penetração nacional, alcançando públicos de todas as classes sociais e idades, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Nenhuma outra mídia oferece a mesma capacidade de impactar de forma simultânea uma audiência tão diversa e numerosa. Para marcas e varejistas, essa capacidade de atingir milhões de pessoas em uma única transmissão é inestimável. Uma campanha veiculada na televisão aberta pode rapidamente aumentar o reconhecimento de marca, criar awareness para novos produtos e promover promoções especiais, gerando impacto em escala nacional. No varejo, especialmente em setores como supermercados, redes de moda e eletrodomésticos, a TV aberta desempenha um papel vital para atrair consumidores em momentos estratégicos, como datas sazonais, liquidações e lançamentos. Construção de Marca e Varejo de Alto Impacto A televisão aberta, com sua capacidade de combinar som, imagem e movimento, é uma plataforma ideal para contar histórias de marca de forma envolvente e emocional, permitindo que as marcas construam narrativas visuais ricas, conectando-se com o público em um nível emocional que poucos outros meios conseguem. Isso é especialmente importante para marcas que buscam não apenas vender produtos, mas criar uma identidade emocional que ressoe com o consumidor. No varejo, a TV aberta também se mostra uma poderosa ferramenta para campanhas de resposta direta. Comerciais com mensagens claras e ofertas atraentes podem gerar aumento imediato no tráfego de lojas físicas ou no comércio eletrônico. Além disso, a repetição dos anúncios ao longo de diferentes horários e programas ajuda a fixar a mensagem na mente do consumidor, aumentando a probabilidade de conversão em vendas. Confiabilidade e Prestígio Um dos maiores atributos da televisão aberta é sua capacidade de transmitir credibilidade. Devido à sua natureza regulada e à qualidade das suas produções, a TV aberta ainda é vista como uma das fontes de informação mais confiáveis e prestigiadas pelo público. Anunciar na televisão aberta confere às marcas um status de relevância e solidez, associando-as à confiabilidade que o meio transmite. Para marcas em crescimento ou que desejam reposicionar sua imagem no mercado, a presença na TV aberta pode ser um divisor de águas. Um comercial bem elaborado, exibido em horário de grande audiência, pode rapidamente transformar a percepção de uma marca e elevá-la a um novo patamar de reconhecimento e prestígio. Para o varejo, essa confiabilidade é essencial, especialmente quando o objetivo é conquistar a confiança do consumidor em uma campanha de vendas ou lançamento de novos produtos. Segmentação Geográfica e Programática Embora a televisão aberta seja muitas vezes considerada uma mídia de massa, ela também oferece oportunidades valiosas de segmentação. Através de emissoras locais, é possível direcionar campanhas específicas para diferentes regiões do país, ajustando a mensagem de acordo com as peculiaridades culturais e demográficas de cada localidade. Essa segmentação geográfica é especialmente útil para o varejo, permitindo que redes locais e regionais alcancem o público-alvo certo, de maneira precisa e eficiente. Além disso, a segmentação programática, baseada no perfil do público que assiste a determinados programas, é uma ferramenta poderosa para marcas que querem falar diretamente com um nicho de consumidores. Um comercial exibido durante um programa de auditório de alta audiência pode atingir diferentes faixas etárias, enquanto anúncios em novelas ou telejornais podem impactar um público mais maduro e de maior poder aquisitivo. A televisão aberta oferece, portanto, uma capacidade de segmentação que, embora não seja tão granular quanto a digital, é extremamente estratégica para o marketing de massa. Integração Multicanal e Sinergia com Outras Mídias Em campanhas publicitárias modernas, a integração entre diferentes plataformas é essencial para maximizar os resultados. A televisão aberta, nesse contexto, se mostra uma peça central em campanhas multicanal, podendo ser utilizada como um ponto de partida poderoso para campanhas que, depois, se desdobram em mídias digitais, redes sociais e eventos ao vivo, criando uma experiência de marca unificada. Por exemplo, uma campanha de varejo que lança um comercial na televisão aberta pode gerar interesse imediato e direcionar o público para plataformas digitais, como sites e redes sociais, onde o consumidor pode encontrar mais informações ou realizar compras online. Essa sinergia entre o impacto massivo da TV e o engajamento direto dos canais digitais potencializa a eficácia da campanha e aumenta as chances de conversão. Alcance de Diferentes Faixas Etárias Embora o consumo de mídia esteja fragmentado, a televisão aberta ainda é um dos poucos meios que consegue alcançar diferentes gerações de maneira eficiente. Enquanto o público mais jovem está cada vez mais imerso no digital, uma grande parte das faixas etárias adultas e idosas ainda têm a TV como sua principal fonte de entretenimento e informação. Isso é particularmente relevante para marcas que desejam alcançar um público mais amplo ou que tenham produtos direcionados para diferentes faixas etárias. Campanhas voltadas para a família, por exemplo, encontram na televisão aberta um canal onde conseguem impactar tanto jovens quanto adultos de forma simultânea, algo que poucas outras mídias oferecem. TV Paga x Streaming A televisão paga, ou TV por assinatura, apesar do crescimento das plataformas de streaming e das mídias digitais, ainda desempenha um papel estratégico e valioso no mix de mídias de campanhas publicitárias, oferecendo uma combinação única de segmentação precisa, qualidade de conteúdo e engajamento profundo, tornando-se uma ferramenta indispensável para marcas e varejistas que desejam alcançar audiências específicas. Segmentação de Audiência Uma das maiores vantagens da TV paga em comparação com a TV aberta é a segmentação precisa e reduzida de sua audiência. Os assinantes de TV paga geralmente pertencem a uma faixa socioeconômica mais elevada, sendo um público altamente engajado e com maior poder de compra. Além disso, a variedade de canais disponíveis — esportes, notícias e entretenimento até filmes, documentários e programas infantis — permite que as marcas e os varejistas escolham com precisão os canais e programas que melhor se alinham ao perfil Para as marcas que desejam se comunicar diretamente com nichos específicos, a TV paga é a plataforma perfeita. Canais especializados, como estilo de vida, gastronomia ou saúde, atraem consumidores que estão profundamente interessados ​​nesses temas. Isso significa que as campanhas publicitárias podem ser direcionadas a um público com alto potencial de conversão, maximizando o retorno sobre o investimento (ROI). No varejo, essa segmentação é crucial, especialmente para campanhas que envolvem produtos ou serviços premium, lançamentos de moda ou eventos promocionais de alto valor. Qualidade de Conteúdo e Contexto O conteúdo exibido nos canais de TV paga costuma ser de alta qualidade, tanto em termos de produção quanto de relevância para os espectadores. Programas e eventos transmitidos em canais de assinatura frequentemente têm orçamentos elevados, o que garante uma experiência de visualização superior e, consequentemente, um ambiente mais propício para marcas que buscam associar seus produtos Além disso, o público da TV paga tende a valorizar o conteúdo que consome, o que se traduz em um maior nível de atenção e engajamento com os anúncios exibidos. Isso contrasta com a experiência fragmentada de muitas plataformas digitais, onde o consumidor é frequentemente bombardeado com anúncios invasivos e menos relevantes. Na TV paga, os anúncios fazem parte de uma experiência mais fluida e cuidadosamente curada, o que contribui para uma percepção premium da marca veiculada. Alta Taxa de Retenção e Recall Pesquisas mostram que anúncios veiculados na TV paga geram uma taxa de retenção de mensagem e recall de marca significativamente mais alta do que em outras mídias. A audiência da TV por assinatura é mais propensa a assistir a programas de forma completa, sem tanta interferência de zapping , o que aumenta conforme as chances de exibição contínua. Para as marcas, isso significa que as campanhas podem ter um impacto duradouro, especialmente quando exibidas de forma recorrente nos intervalos comerciais. A repetição dos anúncios em diferentes momentos do dia e durante a transmissão de programas populares reforça a mensagem publicitária, ajudando a fixar a memória do consumidor. Para o varejo, essa reprodução pode ser a chave para aumentar o tráfego nas lojas e promover ofertas promocionais ou campanhas de resposta imediata, com Flexibilidade Criativa e Custo x Benefício Outro ponto importante da TV paga é a flexibilidade criativa que ela oferece aos anunciantes. Além dos comerciais tradicionais, muitas operadoras de TV paga oferecem formatos exclusivos de publicidade, como exibição de marcas em eventos esportivos, patrocínio de programas e até ações de branded content , onde a marca se integra de maneira orgânica ao conteúdo, criando uma conexão ainda mais forte com sua audiência. Essa flexibilidade é especialmente vantajosa para campanhas de marcas que desejam se diferenciar e criar experiências de marca inovadoras. No varejo, ações de apresentação de produtos ou integrações de marca em programas de culinária, moda ou decoração, por exemplo, podem aumentar o desejo do consumidor de adquirir o produto e gerar uma conexão emocional mais forte. Além disso, a TV paga permite que as marcas se associem a eventos exclusivos e grandes produções, aumentando a prestígio e o valor percebido do produto ou marca. Mais um ponto importante é o valor baixo do investimento, se comparado à TV aberta, configurando um custo x benefício bastante interessante em relação à diversos outros meios, à depender da estratégia, é claro. Alcance Multicanal e Sinergia com Plataformas A televisão paga, assim como aberta, desempenha um papel fundamental em campanhas multicanais. Ela pode atuar como o ponto de partida para campanhas integradas que, depois, se desdobram em outras plataformas, como redes sociais e sites. Uma campanha de sucesso na TV paga pode gerar buzz nas mídias digitais, levando o público a continuar a experiência da marca online, seja para buscar mais informações ou para compra. Para o varejo, essa sinergia entre TV e digital é extremamente eficiente. Por exemplo, uma promoção anunciada em um canal de esportes pode incentivar os espectadores a visitar o site do varejista para aproveitar uma oferta exclusiva. Ao combinar o impacto emocional da TV com a interatividade e personalização do digital, os anunciantes conseguem criar uma experiência de compra fluida e envolvente, aumentando as chances de conversão. Além disso, muitas operadoras de TV paga oferecem plataformas on-demand e serviços de streaming , permitindo que as marcas alcancem o consumidor em diferentes dispositivos e horários. Isso amplia o alcance da campanha e cria múltiplos pontos de contato, essenciais para aumentar o reconhecimento de marca e o engajamento do consumidor. Conclusão? Apesar das mudanças no cenário da comunicação e da ascensão de novos canais, a televisão continua sendo uma peça fundamental no mix de mídia de qualquer campanha publicitária. Sua combinação de alcance massivo, credibilidade, impacto emocional e flexibilidade para segmentação fazem dela um meio insubstituível para a construção de marcas fortes e campanhas de alto impacto. Integrada à estratégias digitais e explorando novas formas de interatividade, a TV oferece um retorno sólido e duradouro para as marcas. Portanto, ao planejar uma campanha publicitária robusta, a televisão deve ser considerada como um canal estratégico, capaz de gerar reconhecimento em massa, emoção e engajamento, enquanto amplia as possibilidades de interação com o público em um mundo cada vez mais conectado.

  • A Importância do Rádio no Mix de Mídia

    Em um cenário onde as inovações tecnológicas estão transformando o comportamento do consumidor e a forma como as marcas se comunicam, o rádio continua a ocupar um lugar de destaque no mix de mídia de campanhas publicitárias. Embora canais digitais e plataformas de streaming cresçam em popularidade, o rádio ainda mantém relevância tanto para as marcas quanto para o varejo, oferecendo um alcance que dificilmente outros meios conseguem igualar. Como publicitário com mais de vinte anos de experiência, atendendo clientes de diversos portes, posso afirmar que o rádio, quando integrado de forma estratégica, pode ser um aliado poderoso para potencializar campanhas e gerar resultados. No cenário atual de comunicação, onde o digital parece dominar o imaginário das campanhas publicitárias, o rádio se mantém como um meio relevante e eficaz no mix de mídia. Sua capacidade de alcançar uma audiência diversificada, criar proximidade com o público e gerar impacto em segmentos estratégicos, faz do rádio uma peça essencial em muitas estratégias de comunicação. Neste artigo, exploraremos por que o rádio ainda merece um lugar de destaque no mix de mídia e como ele pode contribuir para o sucesso de uma campanha publicitária.   Alcance Massivo e Segmentação Uma das maiores vantagens do rádio é o seu alcance. Mesmo com a proliferação de novas mídias o rádio ainda chega a milhões de pessoas, diariamente. No Brasil, por exemplo, grande parte da população ainda escuta rádio, seja em casa, no carro, ou no trabalho. Essa penetração oferece uma oportunidade única para que marcas e varejistas alcancem públicos diversificados em diferentes regiões geográficas, sem depender exclusivamente de canais digitais. Além disso, o rádio permite uma segmentação eficaz por meio da escolha de emissoras/programas que atendam a nichos específicos de mercado. Estações locais e regionais podem direcionar a mensagem publicitária para diferentes perfis de consumidores, seja pelo tipo de conteúdo (música, notícias, talk shows ) ou pelo horário de exibição. Isso ajuda marcas a dialogarem diretamente com seu público-alvo, maximizando o impacto de sua mensagem. O rádio é um dos meios de comunicação mais tradicionais, com um alcance impressionante, tanto geograficamente quanto demograficamente. De norte a sul do Brasil, este veículo atinge audiências em regiões que, muitas vezes, outros meios não conseguem cobrir com a mesma eficiência, como áreas rurais e cidades menores. Além disso, os formatos segmentados de estações de rádio permitem que os anunciantes alcancem públicos específicos com base em idade, interesse e hábitos de consumo, facilitando a criação de campanhas direcionadas e aumentando a assertividade das mensagens publicitárias.   Credibilidade e Proximidade A relação que o rádio constrói com seu público é de extrema confiança. Programas de rádio locais, com locutores que se tornam personalidades conhecidas, criam uma sensação de proximidade e credibilidade que outros meios podem não alcançar tão facilmente. Anúncios veiculados em rádios locais, com o apoio de locutores conhecidos, geram uma maior sensação de familiaridade e autenticidade, o que pode resultar em uma resposta mais positiva do público. O rádio cria uma conexão íntima com o ouvinte, que muitas vezes consome o seu conteúdo de maneira pessoal e emocional. Ao ouvir a voz do locutor ou uma trilha sonora familiar, há uma tendência de maior engajamento e confiança. Para as marcas, esse vínculo emocional é essencial, pois transmite credibilidade e aumenta as chances de o consumidor internalizar a mensagem publicitária. Campanhas de varejo podem se beneficiar imensamente dessa proximidade, principalmente quando associadas a ofertas locais, gerando identificação imediata com a audiência.   Alcance em Momentos Únicos do Dia O consumo de rádio acontece em momentos específicos do dia, em que outros meios não conseguem capturar a atenção da audiência com a mesma eficiência. Durante deslocamentos no trânsito, nas manhãs enquanto as pessoas se preparam para o trabalho, ou durante suas atividades diárias, o rádio se torna o meio de escolha. Isso proporciona às marcas uma oportunidade única de se comunicar com o público em momentos de alta receptividade, em que outras plataformas como a TV ou o digital podem não estar presentes.   Custo-benefício e Flexibilidade Para varejistas que operam com orçamentos de marketing limitados, o rádio oferece um excelente custo-benefício. Produzir um anúncio de rádio é relativamente mais barato que outros meios, como TV ou mídia impressa, mas pode gerar um retorno expressivo, especialmente quando o foco é atrair consumidores locais. O rádio permite que as mensagens sejam rapidamente atualizadas ou ajustadas de acordo com promoções, sazonalidades ou eventos regionais, conferindo uma flexibilidade que muitos outros meios não oferecem. Além disso, a publicidade no rádio não depende de telas, o que facilita a comunicação com pessoas em trânsito. Motoristas, passageiros e até pedestres podem ser impactados por campanhas enquanto estão nas ruas, potencializando a capacidade de uma marca ser lembrada no momento da compra, especialmente no varejo. O rádio oferece uma excelente relação de custo-benefício para os anunciantes. Comparado a outros meios (como a televisão ou mídias digitais de grande porte), os custos de produção e veiculação de campanhas no rádio são significativamente menores, tornando-o uma opção atrativa para marcas com orçamentos mais limitados. Além disso, o rádio permite uma alta frequência de inserções, o que ajuda a reforçar a mensagem publicitária de maneira extremamente eficaz.   Integração com Plataformas Digitais Nos últimos anos, o rádio tem se reinventado ao integrar-se ao digital. Muitas estações já transmitem suas programações via streaming, oferecem podcasts e/ou criam conteúdo adicional em plataformas de mídia social. Isso permite que os anunciantes alcancem o público de maneira multicanal, utilizando o rádio como um ponto de contato tradicional e ampliando sua presença em meios digitais, oferecendo ainda mais retorno sobre o investimento (ROI).   Construção de Marca e Engajamento Emocional O áudio, como formato de mídia, tem uma capacidade única de engajar emocionalmente o público. Uma trilha sonora bem pensada, o tom de voz do locutor, a cadência da fala e a narrativa criada por trás de um anúncio radiofônico podem gerar impacto emocional, que é uma ferramenta poderosa para a construção de marcas. Campanhas de rádio bem executadas não só informam, mas também criam uma conexão emocional com a audiência, algo essencial para a fidelização e lembrança de marca.   Adaptabilidade e Flexibilidade A agilidade do rádio também o torna um meio flexível e adaptável. Caso a campanha precise ser ajustada ou uma mensagem de última hora precise ser veiculada, o rádio permite modificações rápidas e inserções emergenciais, algo que pode ser mais difícil em outros meios, como TV ou impressos. Esse dinamismo é valioso em um mundo onde as mudanças acontecem em ritmo acelerado.    O Rádio no Mix de Mídia: Complementaridade e Sinergia Quando planejamos uma campanha publicitária, o mix de mídia deve ser sempre pensado para maximizar o impacto da comunicação. O rádio, neste contexto, atua como uma peça complementar, criando sinergia com outros canais, como televisão, mídia digital e mídia exterior. Ele reforça a mensagem, amplia o alcance e gera frequência, características essenciais para a construção de marca e conversão de vendas. Por exemplo, uma campanha de varejo que utiliza spots de rádio para divulgar ofertas pode ser complementada por ações nas redes sociais, estimulando o engajamento online e direcionando o tráfego para os pontos de venda físicos ou virtuais. A integração entre mídias gera uma experiência de marca coesa e eficiente, potencializando os resultados da campanha.   Conclusão O rádio pode parecer, à primeira vista, um meio antiquado em um mundo digitalizado, mas é justamente essa capacidade de se reinventar e de manter sua relevância que o torna uma ferramenta valiosa no mix de mídia de uma campanha publicitária. Ao combinar seu alcance, credibilidade, custo-benefício e integração com outras plataformas, ele continua a ser um canal poderoso para marcas que desejam alcançar e engajar seu público de maneira eficaz e emocional. O rádio continua sendo um meio fundamental no planejamento de campanhas publicitárias, especialmente para marcas que desejam aumentar sua presença no varejo. Sua capacidade de segmentação, proximidade emocional com o público e seu custo-benefício, fazem dele uma ferramenta indispensável no mix de mídia. Ao integrar rádio a estratégias mais amplas de marketing, marcas e varejistas podem criar campanhas mais robustas, maximizando o alcance, o impacto e, consequentemente, o retorno sobre o investimento (ROI). No mundo da publicidade, é essencial não subestimar o poder de uma mídia que, embora tradicional, se mantém atual e eficaz no ambiente contemporâneo de comunicação. Portanto, ao planejar uma campanha publicitária completa e diversificada, é importante considerar o rádio como um meio estratégico para maximizar a cobertura e o impacto da mensagem. Afinal, o que é moderno nem sempre substitui o que já é eficaz há décadas. Ah, e parabéns pelo seu dia...

  • A Importância do OOH (Out of Home) para a Marca e para o Varejo

    Em um mundo cada vez mais digital, pode parecer que o ambiente físico está perdendo relevância para a comunicação de marcas. No entanto, o OOH ( Out of Home ) segue sendo um dos formatos mais poderosos e impactantes para gerar visibilidade, reforçar presença e, principalmente, impulsionar vendas no varejo. Com décadas de experiência em mídia exterior, posso afirmar com segurança que o OOH é uma peça-chave para qualquer estratégia integrada de marketing. O que é OOH? Out of Home engloba todos os tipos de mídia que encontramos fora de casa: outdoors , painéis digitais, mobiliário urbano, pontos de ônibus, aeroportos e muitos outros. A diferença entre o OOH e outras mídias é que ele não depende de um comportamento ativo do consumidor, como o acesso à internet ou o consumo de TV. A mensagem está presente em seu caminho, muitas vezes em momentos de deslocamento, lazer ou compras, onde a atenção e a receptividade estão em níveis mais altos. Visibilidade Constante e Frequência Natural Uma das grandes vantagens da mídia OOH é sua presença constante . Ao contrário de campanhas online, que podem ser ignoradas com um simples clique, a mídia exterior está sempre presente, seja em avenidas movimentadas, shopping centers ou até mesmo em estações de metrô. Isso gera uma frequência natural de exposição, contribuindo para a memorização da marca e o reforço de sua mensagem. Para o varejo , essa visibilidade pode ser ainda mais valiosa. O OOH permite que a marca se posicione estrategicamente em locais próximos a pontos de venda, influenciando a decisão de compra. Imagine um consumidor em trânsito, exposto a uma campanha impactante em um outdoor que está apenas a algumas quadras de uma loja. A chance dessa mensagem gerar uma visita ao ponto de venda é muito alta. Construção de Brand Awareness e Prestígio OOH é uma mídia de massa que, apesar de ser tradicional, continua sendo uma das formas mais eficientes de construir brand awareness . As grandes marcas sabem disso. É por isso que vemos nomes de gigantes globais em locais icônicos como a Times Square, Nova York, ou a Avenida Paulista, em São Paulo. A presença da sua marca em locais de alta circulação gera credibilidade e posiciona sua empresa como relevante no cenário de consumo. Além disso, o impacto visual proporcionado pela mídia exterior é único. Através de grandes formatos e tecnologia, como painéis digitais e interativos, é possível criar campanhas memoráveis, que capturam a atenção do público e geram conversas. Para o varejo, o OOH é ideal para o lançamento de novos produtos, promoções sazonais e eventos, ajudando a destacar a marca no mercado competitivo. Alcance Geográfico Segmentado Uma vantagem estratégica da mídia exterior é a possibilidade de segmentação geográfica. Com o avanço das tecnologias de geolocalização, é possível identificar os locais onde seu público-alvo mais circula e posicionar sua campanha exatamente nesses pontos. Isso é especialmente relevante para o varejo, pois permite uma comunicação mais eficaz em regiões onde há maior concentração de lojas ou pontos de venda. Por exemplo, uma rede de fast fashion pode usar OOH para promover uma nova coleção em painéis próximos a seus pontos de venda. A segmentação geográfica garante que a campanha seja vista por pessoas com alto potencial de visitar a loja e, possivelmente, converter a comunicação em venda. Integração com o Digital O OOH também evoluiu para se integrar ao mundo digital. Com o advento das mídias programáticas e dos painéis digitais, as marcas podem ajustar suas campanhas em tempo real, dependendo do horário, clima ou até mesmo de eventos locais. Isso permite uma flexibilidade enorme e uma interação direta com o público. Além disso, campanhas OOH podem se desdobrar no ambiente online através de estratégias de crossmedia , ampliando o alcance da mensagem. Um exemplo clássico é o uso de QR codes ou hashtags em outdoors que levam os consumidores a ações online , como promoções ou landing pages exclusivas. Credibilidade e Impacto Outra característica marcante do OOH é o seu poder de gerar credibilidade . A mídia exterior é percebida como uma forma de comunicação robusta, acessível apenas para marcas sérias e bem posicionadas. O tamanho e a permanência de uma peça OOH criam uma sensação de que a empresa tem presença e solidez. Para o varejo, esse prestígio pode ser decisivo na hora de influenciar a escolha do consumidor entre diversas opções no mercado. Conclusão A mídia OOH permanece fundamental na construção de marcas e no sucesso do varejo. Sua capacidade de gerar visibilidade constante, integrar-se com o digital e criar uma segmentação geográfica precisa faz dela uma ferramenta indispensável para quem busca impacto e resultados de longo prazo. Seja para reforçar o posicionamento de marca ou aumentar o fluxo em pontos de venda, investir em OOH é garantir que sua marca esteja sempre presente, relevante e no radar do consumidor. Para o varejo, em particular, o OOH é um atalho direto para o bolso e a mente do consumidor, gerando tráfego, vendas e, o mais importante, uma relação duradoura com a marca.

  • Logomarca 2024

    Desde o primeiro dia de sua concepção, os elementos visuais arquetípicos da Águia de Ouro Comunicação já estavam postos. Eu não sabia muito como seria a sua atuação em um mercado em constante evolução, mas já tinha em mente que obviamente a logomarca precisaria ter uma águia, um globo terrestre e um pentagrama. O pensamento por trás da logomarca A ideia era incorporar na logomarca da Águia de Ouro Comunicação elementos visuais poderosos buscando transmitir visualmente uma mensagem de foco, globalização e busca espiritual. Os elementos A Águia A águia é representada com asas abertas simbolizando poder, visão aguçada, foco e liderança. As penas da águia são estilizadas para sugerir movimento dinâmico, progresso contínuo e foco no seu objetivo; O Pentagrama O pentagrama é integrado à logomarca, representando uma busca constante pelo equilíbrio, harmonia e conexão com uma dimensão espiritual; O Globo Terrestre O globo terrestre está posicionado centralmente no pentagrama, sugerindo o desejo sincero por uma presença internacional, partindo de uma atuação local. As Cores Optamos por cores que transmitissem sofisticação e confiança como os tons dourados, que em contraste com o preto e o branco ganha brilho e glamour, simbolizando a prosperidade, o luxo, a excelência e a exclusividade da marca. Evoluindo sempre A meta da Águia de Ouro Comunicação é uma atualização constante de suas práticas, através da modernização de seus conceitos, ferramentas e métodos; expressada por uma periódica modernização de sua logomarca, porém sempre mantendo os elementos gráficos principais, imaginados desde o início de sua trajetória, objetivando a longevidade de seus atributos visuais e arquetípicos, que revelam seu propósito maior de contribuição social e evolução da consciência espiritual de toda a nossa sociedade. Vida longa e próspera para a Águia de Ouro Comunicação. Então, sem mais delongas, eis  a logomarca de 2024...

  • A publicidade nas mãos dos consumidores

    “A revolução não acontece quando a sociedade adota novas ferramentas, mas sim quando adota novos comportamentos”  Clay Shirky   Ao final da primeira década 100% digital não faz mais sentido falar em futuro. O futuro já chegou, é agora! E até que demorou... No livro A terceira onda  (The Third Wave), escrito em 1980, Alvin Toffler faz um ensaio sobre o que seria, na sua visão, a sociedade pós-moderna do século XXI que ele já vislumbrava como sendo a terceira grande onda econômica mundial. Neste livro, Toffler preconizava o advento do Prosumers –  o consumidor/produtor. A terceira onda, segundo Toffler, seria baseada no industrialismo e formaria uma nova civilização, interferindo nas relações interpessoais, de trabalho e de consumo. Alguma coisa a ver com o que estamos vivenciando atualmente?  Não é realmente muito fácil entender o mundo de transição em que estamos inseridos, mas para nossa própria sobrevivência, é muito importante ao menos tentarmos. Até para ajustarmos o foco e seguirmos adiante. Aquelas antigas especulações fáceis sobre o futuro, previsíveis até, com base na realidade aparente ou fruto de um delírio futurista total, tipo 2001 uma odisseia no espaço, não fazem também mais nenhum sentido. Ou alguém acha que deveríamos estar andando de nave espacial ao invés do antiquado carro? Por outro lado, há 10 anos alguém conseguiria prever que a Microsoft não ditaria mais as tendências no mercado de tecnologia e inovação? Alguém conseguiu prever o sucesso avassalador do Google? E o impacto estrondoso das redes sociais em nossas vidas? Alguém em sã consciência apostaria na volta da Apple como tendência tecnológica há algumas décadas? Ok, alguns até conseguiriam fazer tais previsões... mas, o que não era previsível era o impacto disso tudo no futuro da nossa civilização. A interação entre as pessoas passou a ser a base fundamental desta nova era. Recomendações e preferências por marcas, músicas, eventos e produtos; discussões em grupo, disseminação de ideias... tudo o que a interação social permite é o que estamos vivendo atualmente. Liberdade criativa total para geração e disseminação de conteúdo, é o que nos define no momento atual. Viva Alvin Toffler! À medida em que a conectividade aumenta, o mundo diminui de tamanho. Da autoria para a colaboração. Rede Social = Capital Social. Este é o mundo de hoje, e não o mundo do futuro. A mídia social não é tecnologia... é relacionamento! É a capacidade coletiva de promover desenvolvimento por meio da desinstitucionalização da informação. Haja vista a revolução que acontece neste momento histórico, lá no Egito. E os brasileiros neste contexto? Os brasileiros simplesmente amam as redes sociais.  Para ilustrar, seguem alguns números quentinhos, do Ibope: - o acesso às redes sociais já foi incorporado à rotina de 74% dos cidadãos no Grande RJ; 77% em Salvador e 82% em Florianópolis; - as redes sociais substituem as informações dos portais de notícias para 45% do público que as utiliza, e fornecem todas as informações necessárias para a atualização de 60% de seus usuários; Querem mais dados? - a média de amigos por usuário, no momento em que escrevo este artigo, é de 273;  - 13% dos usuários das redes sociais nas praças do RJ e BH tem mais de 700 amigos; - 56% preferem utilizar as redes sociais para falar com seus amigos a usar e-mail/SMS/torpedo; - 73% utilizam as redes para trocar mensagens; - 69% ficam 'felizes' quando seus amigos curtem ou fazem comentários sobre algo que publicam. São estas as últimas constatações do Ibope sobre o mundo compartilhado: “As redes sociais na verdade nada mais são do que um diário do século XXI que fica sobre a mesa e sem cadeado. Em última análise é uma forma moderna de praticar uma das principais necessidades do ser humano: socialização. As redes sociais afetam o cérebro do mesmo jeito que a paixão. Uma simples troca na rede, pode aumentar os índices de ocitocina, mais conhecido como ‘hormônio do amor’.”  - pontua o Instituto Brasileiro de Pesquisa. Estamos ou não estamos na era do tal Prossumidor de Toffler? A resposta parece óbvia quando analisamos o comportamento tecnológico deste novo consumidor no cenário digital: - 10% editam/moderam/informam; - 33% publicam/mantêm/criam; - 44% avaliam/comentam/participam; - 83% compartilham; - 96% assistem/lêem/ouvem. Ok, mas e as marcas? Para as marcas não trago boas notícias. Já é, e será, cada vez mais difícil conquistar a atenção dos prossumidores  com as formas tradicionais de publicidade. Uma marca deverá ter uma aderência muito maior com seu público potencial, a ponto de ser convidada a fazer parte do seu grupo de amigos pessoais. Neste novo cenário a marca deverá ser capaz de gerar: engajamento, envolvimento, interação, influência, intimidade, múltiplos pontos de contato e experiências diversificadas.  No novo mundo das redes sociais isto parece ser, apenas, óbvio... não lhe parece? Porém, o fato é que algumas marcas ainda não se acostumaram a receber dúvidas, opiniões, reclamações, críticas e sugestões; na mesma velocidade em que tentam vendem seus “peixes congelados e/ou pasteurizados”. É chegada a hora de correr contra o tempo em nome da eficiência e da personalização e de oferecer respostas ágeis e eficientes, neste cenário em que isto é o mínimo que se espera de uma marca. No final das contas, o que os consumidores desejam mesmo é sentir que a presença da marca nos canais em que eles estejam presentes é algo “vivo” e não apenas mais uma vitrine de exposição de seus produtos enlatados. Se sua marca não estiver preparada tecnologicamente e com sua equipe muito bem orientada, focada no cliente e treinada para oferecer um atendimento personalizado, é melhor ficar de fora das redes sociais. Ao menos por enquanto. Até conseguir solucionar algumas das deficiências internas citadas acima, sob pena de cair na esparrela do telemarketing ativo. Uma Rede social não é isso! Treinamento de pessoal e CRM, já são um bom começo para uma marca se lançar nas redes sociais, sem passar sufoco. Tentar surfar esta onda de qualquer maneira e com tentar surfar em uma "prancha"   sem quilha e pode (e vai) se mostrar um grande “tiro no pé”. É necessário respeitar o canal escolhido pelo consumidor para ser abordado pela marca. Tudo bem, mas orkut/facebook/twitter ainda não são o "futuro"... Beleza, mas essas plataformas apontam para o futuro! Embora o grande mérito dessas redes em relação ao Google é que elas conseguem agregar informações muito mais relevantes sobre o perfil dos seus usuários e não apenas dados comportamentais; as redes sociais como as conhecemos hoje ainda engatinham rumo à nossa necessidade de socialização. Por outro lado, poderíamos gastar algumas linhas profanando a promessa, que até agora não se concretizou, do mobile marketing. O que nos parecia uma aposta fácil no exercício de futurologia, em um cenário de mais de um aparelho celular por indivíduo no Brasil, ainda não mostrou a que veio em termos de mídia. Mas, certamente, muito em em breve o celular irá revolucionar os números de audiência do que (ainda) chamamos de televisão.  Por tudo isso, o caminho não me parece ser a separação ou departamentalização da publicidade. A simbiose on e off line me parece, claramente, ser um caminho sem volta.  O que devemos buscar são respostas alternativas para as “novas” perguntas que agora se apresentam em nossa área, e não criar mais cisões e departamentalizações da área de mídia nas agências, clientes e veículos. Abrir a nossa mente para expandir a consciência para a experiência de futuro em que já estamos imersos é a senha para levantar a cabeça e olhar para o que as próximas décadas nos reservam. Um olhar frontal se faz necessário para encontrarmos uma saída digna para a publicidade em geral e para o profissional de mídia, em particular. A grande pergunta neste momento do mundo me parece ser: como atingir este novo e exigente consumidor em um cenário onde as redes sociais passaram a ser o tecido social sobre o qual toda a nossa vida será costurada? Não há outra saída a não ser abraçarmos todas as novas ferramentas/conceitos/ideias/áreas/departamentos, da publicidade, que consigam nos ajudar a gerar emoção e maior envolvimento com este novo e disperso consumidor, de forma convergente. Precisamos de ações e ideias que na maioria das vezes se encontravam distantes, restritas a nichos específicos, e quase sempre fora departamento de mídia. A saída certamente está em soluções de experiência de marca: conteúdo, eventos, entretenimento... Está decretado o fim da zona de conforto, o plano de mídia da mãe,  das inserções avulsas de 30”, da compra pura e simples da página de jornal ou de revista e dos planos de mídia infalíveis contemplando um único meio de cobertura nacional. E já não era sem tempo! Ninguém aguenta mais tanta invasão das marcas em nossas vidas. O público até entende que são as marcas que patrocinam o conteúdo, que não existe almoço grátis, mas calma lá... Precisamos de uma exposição mais sutil e inteligente destes nossos mecenas de conteúdo. Queremos ter as marcas por perto, ao nosso alcance? Obviamente que sim... Mas, não queremos mais abordagens invasivas e indesejadas, que subestimem a inteligência da sua audiência. E quer saber? Não é tão difícil assim... Revejam o filme Forest Gump e percebam a inserção de várias marcas de forma sutil e orgânica. O novo prossumidor deseja ativar as marcas como e quando eles assim o desejarem. Complicado, não acha? Não! É só você, como audiência, se perceber zapeando, pulando páginas e mais páginas de jornal e revistas de clientes milionários, mudando de estação de rádio justamente no momento do comercial, indo ao banheiro quando as (supostas) estrelas dos seus conteúdos preferidos (as marcas) expõe seus produtos... Você, assim como todo mundo, está em busca da mais pura e simples diversão e entretenimento...  E de preferência sem interrupções. Precisamos encontrar soluções, e rápido, para este gap de atenção e desperdício de dinheiro. Não podemos mais nos enganar.  Na era do prossumidor é a ele que devemos adular. A única certeza que temos até aqui é que o futuro da propaganda está nas mãos dos consumidores... Fato! Ponto para Kotler. O anunciante tem cada vez menos controle sobre a maneira como as pessoas se relacionam, pensam e compartilham suas marcas. A boa notícia é que agora o consumidor é que faz a publicidade para as marcas. Definitivamente acabou o monólogo imperialista das marcas sobre os consumidores. Assustado? Claro, óbvio ou com certeza?! Espero que, além disto, também esteja motivado... pois, não vai faltar trabalho (criativo). E não estamos falando aqui de reinventar a roda. Algumas agências como a japonesa Dentsu já sacaram isso há tempos e, talvez por isso, seja a única agência do mundo a ter dois Oscar’s em sua estante de prêmios publicitários. A ideia é apenas fugir dos padrões preconcebidos do mundo do século passado e abraçar a emoção que uma marca é capaz de proporcionar aos seus consumidores. Devemos pensar cada vez mais em experiência de marca.  É como diz Dietrich Mateschitz, dono da marca Red Bull: “Somos uma empresa de conteúdo que fabrica energéticos.” Por via das dúvidas em meu cartão de visitas onde se lia Mídia, agora lê-se: Mídia, Conteúdo e Entretenimento. Seguimos... *Texto escrito e e publicado em 21 de janeiro 2011

bottom of page